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Capítulo A - Uma Goiabeira Sapientíssima

 



    Apesar de ter brotado de uma pequenina semente, já nasci sabendo muita coisa! Já sabia quando e como germinar! Utilizei sensores especialmente projetados para verificar se as condições externas eram propícias. Assim, constatei que a temperatura, a claridade e a umidade permitiriam meu desenvolvimento. Soube então como romper a casca da semente para poder brotar.

    Passei a seguir a me ocupar da tarefa de conseguir me alimentar. 


    Para isto, lancei raízes para buscar alimentos no solo. Sei quais os sais minerais que preciso para me alimentar. Minhas raízes sabem identificar e absorver os elementos químicos de que necessito. Não posso me esquecer que a água é vital e preciso obtê-la com urgência.

    Mas o mais importante é obter energia suficiente para minha sobrevivência. Para isto, preciso de folhas dotadas de clorofila. Sei como fabricá-las. Sei também que elas precisam de um suporte, conhecido como caule. Tanto as folhas como o caule são formados por células. Também sei como fabricá-las. 
   
   As raízes podem descer com a ajuda da gravidade. O caule, no entanto, precisa sobrepujar as demais plantas que estão ao seu redor para colocar as folhas em condições de receber diretamente a luz solar. Felizmente, sei como vencer a gravidade e crescer também para cima. 

    Preciso de muita água e tenho de obtê-la tanto do solo como da chuva e do orvalho. Sei como construir dutos que levem minerais do solo para o caule e as folhas. Felizmente existem leis físicas apropriadas para levar minha seiva até o topo, desafiando a lei da gravidade. 

    Já nasci sabendo como realizar a fotossíntese. A química também me ajuda bastante. Posso transformar energia luminosa, que absorvo dos raios solares, em compostos que podem armazenar a energia suficiente para realizar as funções necessárias para o crescimento das raízes, do tronco e das folhas. O carbono que preciso obtenho do ar que me envolve aqui na Terra. 

    Sei que rajadas de vento podem acabar comigo. Minhas raízes precisam ser bem dimensionadas para assegurar minha segurança. Também sei como fazer isto!! O enraizamento deve suportar a ação das enxurradas. Meus galhos também devem resistir aos vendavais. Precisam ser suficientemente flexíveis para se dobrar sem quebrar. As folhas que envelhecem necessitam ser substituídas com presteza. 

    Sei que não basta sobreviver. É preciso me ocupar com o futuro da espécie. Tenho compromissos com a reprodução para que as goiabeiras não acabem. Não tenho a mobilidade dos animais. As minhas amigas aquáticas ainda podem se deslocar nos rios. 

    Felizmente disponho de mecanismos muito bem elaborados para me reproduzir. A natureza me deu uma grande ajuda, não apenas fornecendo minerais, água e energia. Sei muito bem como utilizar estas benesses com que fui agraciada. Ganhei também bons ajudantes entre os animais. Insetos e pássaros atuam como polinizadores permitindo fecundações cruzadas, que podem envolver várias goiabeiras. 

    Para que esta ajuda ocorra, preciso me preparar. Tenho de atrair e dar certos benefícios em troca. Para isto, sei fazer flores de dimensões, cores e odores apropriados. Meu pólen não serve apenas para a reprodução. Ele também serve de alimento para insetos como as abelhas, minhas principais benfeitoras. 

    Caso ocorra uma falta ou deficiência de polinizadores, sei como sair do aperto. Meus gametas estão dispostos nas flores de forma que posso me auto-fertilizar. Posso ser hermafrodita, embora saiba que essa forma de reprodução não é a melhor para a perpetuação da minha espécie. Minhas descendentes terão melhor condição de sobrevivência se a fertilização for cruzada. 

    Mas não basta ter boas sementes. Se todas caírem na minha sombra, só o acaso, por exemplo, da água corrente da chuva, poderá levar algumas delas para um local mais apropriado para sua germinação e crescimento. Felizmente outros animais, que têm capacidade de locomoção, podem distribuir minhas sementes por muitos lugares. 

    Para que isto aconteça de uma forma continuada, preciso atrair também estes animais dando-lhes em troca alguma recompensa. Assim sei produzir frutos, as goiabas, que, quando maduras, são bastante apreciadas por muitos animais, incluindo os humanos que têm ajudado bastante na disseminação das goiabeiras. Sei produzir moléculas odoríferas que servem para criar e espalhar aromas que atraem animais, tanto nas flores como nas goiabas maduras. 

    Sei produzir uma casca que protege a goiaba e sei confeccionar um pedúnculo que prende o fruto ao meu caule. A casca, que não é tão caprichada como a do tomate, serve para evitar ataques prejudiciais de microrganismos que podem danificar o fruto e também serve para manter a umidade interna num nível apropriado. Enquanto as sementes não estiveram prontas para serem distribuídas, sei manter a casca na cor verde. Os frutos da mesma cor das folhas e seu sabor desagradável não vão atrair os animais disseminadores. 

    Quando as sementes estiverem prontas para serem distribuídas, sei tingir de amarelo a casca das goiabas, informando aos animais distribuidores que já estão prontas para serem digeridas. Modifiquei também o sabor da goiaba para que os disseminadores saibam que vale a pena comer goiabas maduras. Sei também dispersar as sementes, que são muito pequenas, na polpa da goiaba para assegurar que elas serão realmente ingeridas pelos animais que comerem meus frutos. Tive o cuidado de proteger as minhas sementes com uma casca envoltória, suficientemente resistente para evitar que sejam destruídas no sistema digestivo dos animais disseminadores. Ao defecar os animais distribuidores envolvem as minhas sementes com material que serve de adubo (esterco, estrume). 

    Mais surpreendente é o fato de que sei como produzir substâncias químicas de alta complexidade e que são benéficas para os animais que comerem meus frutos. Nos vários tipos de solo em que minha semente-mãe germina, sei absorver elementos químicos apropriados para utilizar na confecção de substâncias para me nutrir e para elaborar nutrientes que são imprescindíveis para outros seres vivos. Certamente, dependendo do local onde germinei, sei elaborar toxinas capazes de prejudicar e até eliminar seres vivos que possam afetar meu desenvolvimento e ameaçar a sobrevivência de minha espécie. Sei elaborar uma frutose bastante apreciada e benéfica para muitos animais. 

    A goiaba contém muitas vitaminas e sais minerais. Sem saber, os disseminadores não têm apenas o prazer de digerir frutas deliciosas. Vários outros benefícios estão sendo oferecidos. Só recentemente os humanos estão podendo constatar tais benesses. As fibras que a goiabeira deposita na polpa e na casca dos frutos é bastante importante no processo de digestão de animais.   Indiretamente, propiciando melhor saúde aos disseminadores de suas sementes, a goiabeira está aumentando o seu poder de alastramento e assegurando melhores condições de perpetuação da espécie.

    No entanto, meu supremo saber está posto na extraordinária capacidade que possuo de gerar novas sementes. Cada uma delas é gerada da união de dois gametas. Em cada uma das pequeninas sementes estarão concentrados todos os meus saberes acima mostrados e que vão ser utilizados pela nova goiabeira ao longo de toda a sua vida.  (Um grãozinho de vida!!).






29 de setembro de 2013 Postado por   




11 comentários:

  1. Reflexões sobre os saberes das goiabeiras

    Teses:
    1)Tudo que as goiabeiras sabem elas “aprenderam” de alguma forma;
    2)Os processos de seleção natural não contribuem para novos “aprendizados”, eles podem, apenas e tão somente, ter ajudado a eliminar “aprendizados” contextualmente prejudiciais, que podem ter ocorrido;
    3)Assim, só sobram duas alternativas para os “aprendizados” constatados pelas ciências: o acaso ou o Criador;
    4)O acaso deve ser logicamente descartado para a quase totalidade dos saberes das goiabeiras e especialmente para a confecção de suas sementes.

    Os múltiplos relacionamentos simbióticos das goiabeiras com diversas espécies de animais caracterizam especialmente a indispensável participação de um Ente inteligente no processo de “aprendizagem” constatado.

    Se as goiabeiras dispõem da incrível competência de encapsular tantos saberes em uma minúscula semente, imaginem as extraordinárias competências dos seres humanos para produzirem gametas que conseguem gerar um diminuto zigoto (óvulo fecundado) capaz de criar um novo ser humano com suas infindáveis capacidades dinâmicas.

    As goiabeiras sabem quando devem florir e como devem proceder para gerar cada nova flor. Devem saber também que das flores dependem os frutos que vão conter e disseminar as sementes para que sua espécie seja preservada no futuro.

    Como os tomateiros e os pés de melancia, também goiabeiras podem produzir frutos com licopeno, um nutriente bastante benéfico para os seres humanos.

    Certamente as goiabeiras sabem muito mais do que os humanos sabem delas. Outros vegetais de maior interesse para os humanos são mais bem estudados, como é o caso do tabaco que produz uma enorme quantidade de substâncias já identificadas nas pesquisas.

    Muitos dos saberes das goiabeiras, devidamente constatados pelos biólogos, certamente podem ser associados ao processo de seleção natural, constatado por Darwin. No entanto, existem vários desses saberes que, na minha visão, dificilmente podem ser vinculados à seleção natural, como a produção de vitaminas nas goiabas, descartando as intervenções inteligentes dos humanos. Além disso, as possíveis vinculações com processos de seleção natural, na constituição desses saberes, não implicam, ainda no meu entendimento, em qualquer descarte da imperiosa necessidade de interferência de um Ente Criador inteligente na introdução de tais processos. A incorporação de saberes ao patrimônio genético e a sua miniaturização no interior de pequeninas sementes são consideradas, pelo autor do blog, como exemplos claros dessa inarredável interferência externa e não aleatória.

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  2. Licopeno

    O licopeno é uma substância que dá a cor avermelhada a frutos como tomate, mamão, melão e melancia. As goiabeiras que produzem goiabas de polpa vermelha sabem produzir o licopeno. A biossíntese deste hidrocarboneto, com moléculas formadas por 40 átomos de carbono e 56 de hidrogênio, envolve diversas enzimas, sendo realizada numa sequência composta de várias etapas. O licopeno coloca-se como um importante intermediário na biossíntese de muitos carotenoides, incluindo o betacaroteno.

    O licopeno não é produzido pelo organismo humano, nem é um nutriente essencial para nossa espécie. No entanto, o corpo dos humanos está preparado para absorver, armazenar, distribuir e aproveitar muito bem essa substância produzida por vegetais. Após a absorção, o licopeno adentra a corrente sanguínea e passa a ser transportado por meio de lipoproteínas, principalmente a LDL, cuja principal função é fornecer colesterol para as células do corpo.

    O principal local de armazenamento do licopeno no corpo humano é o fígado. O tecido adiposo também pode ser um importante local de armazenamento desta substância. A ciência vem comprovando que o licopeno apresenta ação antioxidante, ajudando a impedir e reparar os danos causados às células pelos radicais livres, evitando doenças cardiovasculares e até mesmo auxiliando no combate a algumas formas de câncer.

    Neste contexto científico do século 21, o comprovado envolvimento sistêmico de vegetais e animais na produção e utilização dessa complexa substância química mostra, para o autor, que é absolutamente lógica, evidente e imprescindível a existência de um Ente Criador do processo de evolução e diversificação das espécies, capaz de assegurar a perpetuação da vida na Terra.

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  3. Melancia

    A denominação melancia refere-se tanto à planta como ao fruto. Sendo uma planta rasteira, o volume do fruto não cria maiores problemas. A planta pertence à família das abóboras, pepinos e melões que tem 125 gêneros e 960 espécies catalogadas. Possui flores unissexuais, necessitando do auxílio de polinizadores para gerar frutos. Sendo uma planta anual que morre após frutificar, precisa das sementes para reproduzir-se.

    Apesar de alastrar-se em áreas secas e de solos arenosos, seus frutos contêm alto teor de água (92%). Possuem também bons conteúdos de vitaminas, especialmente A e C, e minerais, com destaque para potássio, cálcio e magnésio. O teor de licopeno, antioxidante como a vitamina C, também é alto. Seu fruto contém o importante aminoácido citrulina.

    Analisando esta planta e seus frutos, considero ser absolutamente lógico, evidente e indiscutível que tais seres vivos só podem ter surgido, no norte da África, ao longo do processo de evolução com a indispensável interveniência de um Criador suficientemente inteligente para gerar uma planta com tais extraordinárias características.

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  4. Sistema de alimentação dos seres vivos

    A alimentação dos seres vivos que habitam nosso planeta provém essencialmente da energia do pai Sol e das substâncias minerais disponíveis na mãe Terra. A gravidade e as forças associadas ao movimento de translação mantêm a Terra presa ao Sol que se desloca na Via Láctea. Desta forma, os seres vivos recebem diuturnamente a indispensável energia luminosa continuamente enviada pelo Sol.

    Alguém acendeu a fornalha da nossa estrela, previamente constituída de hidrogênio, para inicializar o processo de fusão que ainda deve se manter ativo por alguns bilhões de anos. Felizmente a energia solar gerada pode deslocar-se no vácuo, como luz, e chegar ao planeta Terra. Aqui ela transforma-se em calor suficiente para permitir a existência da vida terrena.

    As plantas, geradas com muita inteligência, foram ensinadas a criar e utilizar a clorofila para transformar a energia luminosa proveniente do Sol em energia química. Gerando moléculas de glicose que armazenam essa energia, os vegetais foram muito bem ensinados também a absorver e utilizar água e gás carbônico existentes no solo, nas águas e do ar atmosférico. Todas as demais substâncias necessárias para manter a vida, como oxigênio e nitrogênio, foram previamente elaboradas em outras estrelas do Universo e devidamente trazidas para a Terra.

    Como os vegetais terrestres precisam enraizar para obter água e outras substâncias minerais disponíveis no solo, eles são normalmente fixos. Para o surgimento de muitas espécies desses vegetais, foi necessária a prévia existência de animais com capacidade de deslocamento. Felizmente, a energia solar armazenada pode ser utilizada como energia mecânica, permitindo movimentos. Também os impulsos elétricos, essenciais nas percepções sensoriais e nos comandos nervosos, podem ser gerados a partir da energia química obtida na alimentação.

    Um sábio equilíbrio ecológico foi diligentemente concebido e implantado de forma organizada na Terra permitindo a vida simultânea de uma infinidade de espécies, incluindo os humanos. Foram constituídas cadeias alimentares de alta complexidade, caracterizadas pela complementaridade de atividades envolvendo múltiplos seres vivos. Os processos reprodutivos e a variedade das espécies também foram sistemicamente calibrados para permitir a manutenção da vida e o equilíbrio ecológico. Nos mares e lagos a base da cadeia está no plâncton que consegue alimentar enormes baleias.

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  5. Sistema de alimentação dos seres vivos - continuação

    O sistema de alimentação permite que os seres de cada espécie mantenham-se vivos o tempo suficiente para que ocorra a reprodução. Os alimentos necessitam ser corretamente identificados, localizados, obtidos e processados em quantidades adequadas para assegurar a manutenção da vida e preservação das espécies. Depois os resíduos devem ser devidamente descartados propiciando o reaproveitamento dos nutrientes utilizados.

    Os humanos produzem alimentos suficientes para atender todas as necessidades da população mundial, mas não utilizam a inteligência de que são dotados para distribuir adequadamente tais alimentos. A natureza mostra-se bem mais sábia e observamos grandes populações de golfinhos obterem as sardinhas que necessitam, alimentadas pelo plâncton gerado nos mares. As quantidades de alimentos são bem controladas para manter o equilíbrio ecológico.

    Determinados seres vivos têm a capacidade de gerar seu próprio alimento através da fotossíntese, liberando oxigênio essencial para os animais. Algas, bactérias e vegetais apresentam essa capacidade, em ambientes aquáticos e terrestres. Animais herbívoros, carnívoros, hematófagos e insetívoros alimentam-se de outros seres vivos. Os humanos, que são onívoros, dependem de glicose, carboidratos, proteínas e vitaminas fornecidos por vegetais e outros animais. Para fazer a digestão desses alimentos necessitam do auxílio de muitos seres vivos que vivem em simbiose em seus intestinos.

    Existem seres vivos, como fungos e bactérias, denominados decompositores, que se alimentam de organismos mortos e restos orgânicos. Fazem a reciclagem desses restos devolvendo à natureza sais minerais e gás carbônico. As fêmeas de mosquitos, como os transmissores da dengue, necessitam de sangue animal para produzir os ovos essenciais em seu processo de reprodução. Múltiplas são as interdependências e interações entre os seres vivos, gerando um sistema bastante complexo.

    Considero inconcebível que todo o sistema de alimentação existente na natureza terrestre tenha sido constituído, a partir do nada, apenas por um acaso cego, ignorante e desorientado, sem um condizente processo de idealização, formatação e implementação, desenvolvido por um Ente, suficientemente inteligente, criador do universo e da vida.

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  6. Criação dos saberes da goiabeira

    Não acredito ser possível estabelecer um raciocínio lógico capaz de vincular os saberes das goiabeiras imersos em cada semente de goiaba, devidamente constatados pela ciência, com a evolução biológica, considerada desde o primeiro ser vivo que se reproduziu na Terra, baseada apenas e tão somente em mutações genéticas e processos de seleção natural.

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  7. Genialidades dos genes

    Ninguém sabe como surgiram os genes, que estão presentes nos gametas e que são responsáveis pelo aparecimento das características hereditárias. Cada um deles é dotado de um extraordinário talento natural e grande sapiência, podendo ser considerado um verdadeiro gênio. Atuando isoladamente ou em conjunto eles podem juntar aminoácidos especialmente escolhidos para formar proteínas.

    Presentes em cada uma das células dos animais e dos vegetais, os genes possuem uma programação inata que permite que sejam acionados em momentos especiais e em locais determinados para gerar os conteúdos e as funcionalidades orgânicas que se façam necessárias para manter e para reproduzir a vida de cada indivíduo e de cada espécie.

    Os genes certamente não foram gerados pela seleção natural. Também o acaso de possíveis mutações não teria capacidade de criar tamanha diversidade e, sobretudo, tanta genialidade. Cada célula do corpo humano possui mais de 20 mil genes que geram cerca de 400 mil proteínas. Estudos de biologia marinha estimam em 40 milhões o número de genes nos plânctons.

    Considero óbvio que o acaso não teve condições de gerar genes da goiabeira capazes de criar goiabas contendo vitamina C. Não sendo esta vitamina necessária para a goiabeira, tal façanha também não pode ser atribuída à seleção natural. Agregando o fato de que a goiabeira também precisa de outros genes para gerar nas sementes da goiaba os genes capacitados a produzir vitamina C, ressurge a indispensável necessidade da existência de um Ente idealizador e criador dos geniais genes das células da goiabeira.

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  8. Maravilhas das goiabeiras

    Além dos saberes já apresentados neste capítulo do blog, vale ressaltar também a odorização das goiabas quando amadurecem. O forte e característico odor exalado certamente tem o propósito de atrair animais para ingerir as goiabas maduras. A ingestão destas frutas serve para disseminar as sementes e gerar goiabeiras longe do pé da planta mãe. As sementes que ficam no sombreamento da goiabeira têm pouca chance de germinar e sobreviver.

    A alimentação de animais com as goiabas bastante nutritivas gera um processo ecológico de preservação da vida diversificada na Terra que acaba beneficiando indiretamente a espécie das goiabeiras. Os excrementos dos animais e a própria decomposição após a morte servem como adubo para todas as plantas. De várias outras formas o convívio entre vegetais e animais é mutuamente benéfico.

    Mas a maior das maravilhas das goiabeiras é certamente o fantástico encapsulamento inato nos genes de suas sementes de todos os saberes mencionados neste blog e de muitos outros igualmente deslumbrantes que esta espécie vegetal proporciona. A criação de cada um dos saberes das goiabeiras é um desafio que a ciência humana não tem condições de alcançar.

    O mecanismo de geração do respectivo genoma incorporando, na forma de substâncias químicas apropriadas, cada um desses maravilhosos saberes é outro desafio que torna imperativa a existência de um Ente, suficientemente inteligente, idealizador e criador do Universo. Um terceiro desafio, também inalcançável pelo acaso das mutações genéticas, está no processo vital de transferência das informações químicas genéticas das sementes, de forma sequencial e tempestiva, para a goiabeira ao longo de toda a sua vida.

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  9. Desafios insuperáveis

    O processo de criação física de uma semente (hardware), utilizando genes, aminoácidos, RNAs e proteínas, constitui-se num desafio colossal. Mas o processo de criação de um sistema de informações químicas (software), inserido no DNA, que comanda o sequenciamento correto de todas as atividades biológicas envolvidas é um desafio ainda bem mais complexo.

    O acaso criador e a seleção natural corretiva, únicos atores da teoria da evolução ateia, não apresentam as mínimas condições de gerar o aparecimento de uma semente de goiabeira. É totalmente impossível acreditar que este acaso milagroso e sua acompanhante possam criar as inúmeras, maravilhosas e diferentes sementes das múltiplas espécies de vegetais que temos na natureza terrestre.

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  10. Pereira prodigiosa

    A árvore que produz peras nasce de uma pequena semente que sabe quase tudo a respeito das pereiras de sua espécie e que também sabe ensinar à filha tudo que é necessário para assegurar sua sobrevivência. Como são fixas em determinado local, essas plantas precisam saber como interagir com ambiente circundante e com animais que podem se movimentar para conseguir sobreviver e se reproduzir.

    A semente da pereira sabe como verificar se a germinação pode ser bem sucedida. A umidade, a temperatura, a disponibilidade de oxigênio e a claridade da luz solar são fatores importantes para o sucesso deste processo. A semente contém o embrião, água, óleo, carboidratos e substâncias químicas apropriadas. A casca externa protege a vitalidade da semente, permitindo que ela não seja comprometida quando a pera é consumida por animais.

    Possuindo energia suficiente, a semente germina rompendo sua casca e lançando raízes e folhas. As raízes da pereira sabem que precisam absorver água e substâncias minerais que contenham os elementos químicos necessários para o desenvolvimento do caule e das folhas. No devido tempo, a pereira também vai absorver os insumos que vai precisar para gerar flores, frutos e sementes.

    As folhas da pereira conseguem absorver energia da luz solar, através da clorofila. Conseguem também absorver carbono da atmosfera, liberando o oxigênio que vai permitir a sobrevivência de animais que são essenciais para sua sobrevivência. Com a energia absorvida e os nutrientes químicos apropriados, a pereira pode crescer e se preparar para ativar, no devido tempo, o processo de reprodução.

    A pereira sabe implantar canais de circulação de substâncias químicas e sabe gerar um processo dinâmico capaz suprir as necessidades de sustentação da vida e de reprodução. Continuamente seus vários órgãos desenvolvem atividades que são sistemicamente integradas.

    Sabemos que, mesmo dentro de cada espécie, a diversidade é uma forma eficaz de assegurar a sua preservação. Estamos convivendo com a diversificação dos vírus da gripe e da COVID que conseguem sobreviver mesmo quando submetidos ao imenso esforço da humanidade buscando sua erradicação.

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  11. Pereira prodigiosa - continuação

    Para promover essa diversificação a pereira conta com o auxílio de animais polinizadores, como as abelhas. Ela utiliza suas flores como atrativo para esta ajuda externa. Oferece um saboroso néctar e apresenta cores e aromas que propiciam sua localização.

    As flores mostram simetrias que exigem uma boa utilização da matemática. As substâncias oferecidas revelam seus bons conhecimentos de química. Os canais de circulação da seiva utilizam saberes da física. Todos estes conhecimentos estão devidamente inseridos em cada uma das células da pereira, que pode ser reproduzida por enxertia.

    A pereira sabe também fazer frutos saborosos. Quando estão maduros, com as sementes já prontas para reprodução, as peras mudam de cor e caem no chão, facilitando seu consumo pelos animais que atuam como disseminadores das sementes, espalhando as novas pereiras e aumentado suas chances de germinação bem sucedida.

    A pereira presenteia seus disseminadores com múltiplas substâncias nutritivas: fibras, açúcar, colina, vitaminas (A, B1, B2, B3 e C) e minerais (Ca, Mg, P, K, Fe). Sabe produzir também vitaminas E, K, B5, B6, e B9. A casca protetora da pera serve para reter água que torna sua polpa mais macia. Os animais beneficiados vivem mais e assim ajudam por mais tempo a preservar esta planta.

    O mais importante é que tudo que a pereira faz está devidamente codificado nas informações genéticas contidas em suas células. A germinação de suas sementes, o crescimento da planta, as interações com animais, a produção de flores e frutos são eventos devidamente programados com propósitos bem definidos.

    Cabe acrescentar que os humanos já sabem que toda a parte física dos referidos processos realmente ocorre no nível atômico, regido pela mecânica quântica e envolvendo elétrons e outras partículas que formam cada um dos átomos utilizados. A pereira apresenta cerca de 30 espécies. É inacreditável que um ser vivo, destituído de cérebro, seja dotado de tantas e tão complexas competências.

    Certamente a teoria da evolução, hoje lastreada apenas no acaso de mutações genéticas, é muito pobre para abarcar toda esta complexa rede de conhecimentos inatos da pereira e de todas as demais plantas (cerca de 250 mil espécies) que produzem diferentes frutos com suas respectivas sementes.

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