Da principal tese do Criadorismo, que proclama a existência de um Ente Criador do Universo e da vida, decorre, no meu entender, um caminho natural para a existência de um mundo espiritual que pode estar associado, de alguma forma, ao espaço material tetradimensional que conhecemos.
Surgem também possibilidades de comunicação entre seres de mundos diferentes. Nestas possíveis comunicações, uma mesma mensagem espiritual recebida por humanos pode ser interpretada de variadas formas por diferentes pessoas em diferentes contextos de local e tempo. Tais interpretações diferenciadas podem gerar diferentes religiões.
Identifico dois caminhos principais para chegar ao Criador. Um deles é pela fé, geralmente associada a religiões. Outro caminho é pelo uso da razão, que pode envolver os conhecimentos científicos, especialmente através das ciências da natureza. No Criadorismo admite-se a confluência da fé e da razão para referendar a existência do Ente Criador do Universo e da vida.
Para o renomado pensador indiano Mahatma Gandhi, a fé e a razão não devem ser consideradas antagônicas. Gandhi afirmou que a fé precisa ser reforçada pela razão e quando a fé é cega, ela morre.
02 de fevereiro de 2014 Postado por Raul Valentim
Para o renomado pensador indiano Mahatma Gandhi, a fé e a razão não devem ser consideradas antagônicas. Gandhi afirmou que a fé precisa ser reforçada pela razão e quando a fé é cega, ela morre.
02 de fevereiro de 2014 Postado por Raul Valentim
ResponderExcluirManifesto da Sociedade Geológica de Londres (SGL)
Divulgado em 11/04/08 e intitulado: “Criacionismo da Terra Jovem”, “Ciência da Criação” e “Design Inteligente”.
A SGL reconhece o direito de liberdade de crença para todos. A liberdade que os cientistas desfrutam para investigar a natureza e a história da Terra é a mesma liberdade que permite que as pessoas creiam ou não creiam em uma divindade.
O objeto da ciência é a investigação da constituição do Universo e não pode pronunciar-se sobre qualquer conceito que esteja “além” da natureza. Este é o significado de “agnóstico”, a palavra cunhada pelo primeiro Presidente da SGL para descrever a posição de um cientista como sendo “incapaz de saber”. A SGL tem atuado de acordo com a visão de que religião e ciência só se tornam incompatíveis entre si quando uma tenta invadir o domínio da outra.
A ideia de que a Terra foi criada por um ente divino em passado geológico recente (“Criacionismo da Terra Jovem”); tentativas dos Criacionistas da Terra Jovem para ganhar aceitação para o que eles erroneamente colocam em público como evidência empírica comprovatória para essa ideia (“Ciência da Criação”); e a crença associada de que as características do universo e dos seres vivos são melhor explicadas como resultado direto da ação de uma causa inteligente do que por processos naturais (“Design Inteligente”), representam tais invasões sobre o domínio da ciência.
A SGL é a mais antiga sociedade para o estudo das ciências da Terra no mundo e incorpora o conhecimento científico de cerca de 10000 cientistas de todo o mundo. Durante o Ano Internacional do Planeta Terra das Nações Unidas (ONU), a SLG registrou os seguintes fatos como sendo estabelecidos há muito tempo como fora de dúvidas:
O Planeta Terra, juntamente com os outros planetas do sistema solar, foi formado há aproximadamente 4560 anos atrás. A vida existe na Terra há bilhões de anos. Ela evoluiu para a forma atual por uma combinação de variação genética e seleção natural e é provável que continue a evoluir da mesma foram enquanto a Terra continuar a existir.
Estudos rigorosos sobre a estrutura e a organização de animais e plantas vivos indicam claramente uma ancestralidade comum e a sucessão de formas através do registro fóssil, assim como o registro genético contido em cada organismo vivo, fornecem uma poderosa evidência da veracidade da evolução.
Fonte: www.geolsoc.org.uk/creationism
ResponderExcluirQualidades do Criador
Este blog não adentra em considerações sobre crenças religiosas. Desta forma desconsidera possíveis revelações sobre o Criador inseridas em livros religiosos. No contexto deste blog, o Criador do Universo e da vida na Terra não pode ser considerado bom ou ruim, tendo como referência qualidades dos seres humanos, associadas com determinadas culturas.
Entendo que os propósitos e objetivos do Criador diferem substancialmente daqueles adotados pelos seres humanos. Estes são variáveis no tempo e no espaço. Nos primórdios da humanidade, por exemplo, o relacionamento com os animais era bastante diferente daquele hoje praticado com os animais domésticos.
Dado o enorme distanciamento entre as criaturas da Terra e o Criador do Universo, entendo que apenas mediante a fé religiosa em revelações divinas podem ser atribuídas qualidades ao Ente criador utilizando critérios humanos. No criadorismo deste blog, vinculado apenas a raciocínios lógicos embasados em constatações científicas, as qualidades do Criador são consideradas insondáveis.
Muitos acusam o Criador de injustiças associadas às discriminações nos padrões de vida de humanos abastados e miseráveis. Os acusadores se esquecem de considerar que tais injustiças foram geradas pelos próprios humanos que diferenciaram reis de vassalos. Na natureza os animais ocupam seus lugares na cadeia alimentar de forma organizada.
ResponderExcluirComprovações da existência do Criador
Richard Dawkins, que pode ser considerado o biologista evolucionário mais célebre do mundo, publicou em 2012 o livro “The Magic of Reality” que tem como subtítulo “How we know what´s really true”. Neste livro Dawkins afirma que, se radiotelescópios receberem mensagens que só podem vir de alienígenas inteligentes, então podemos concluir que eles realmente existiram.
Os modelos matemáticos de Einstein, que conseguem descrever grande parte do comportamento dos componentes do Cosmos, certamente envolvem uma imensurável dose de inteligência. Na realidade, a lógica e a matemática impregnam toda a física e toda a química. Nada mais racional, portanto, do que concluir, analogamente a Dawkins, que necessariamente existiu um Ente suficientemente inteligente para criar o Universo com todas as suas propriedades.
No referido livro, Dawkins também coloca que uma carruagem é um sistema bastante complexo e que tem uma determinada finalidade. Logicamente, não seria admissível seu aparecimento acidental. De forma análoga, cada espécie de ser vivo constitui-se num sistema altamente complexo e que desempenha atividades específicas na natureza. O acaso de mutações genéticas obviamente não poderia ser o verdadeiro autor de nenhuma das espécies vivas que existem ou já existiram na Terra.
Neste blog estamos empenhados em demostrar que cada constituinte de cada ser vivo e cada um dos seres vivos constituem sistemas muito bem concebidos e organizados, sendo indispensável a existência de um Ente criador do Universo, da vida e da imensa diversidade das espécies.
ResponderExcluirDesconstrução do ateísmo em ciências biológicas
Acredito que uma aceitação, bem fundamentada nas ciências naturais e no raciocínio lógico, da existência de um Ente idealizador e criador do universo e da vida em toda a sua imensa diversidade, incluindo os seres humanos, seja capaz de desenvolver crenças individuais, não religiosas, que extrapolem o ambiente físico da natureza terrestre.
Tais crenças poderiam estar livres de amarras, como posicionamentos dogmáticos e códigos morais normalmente vinculados a cada uma das religiões. Creio que até mesmo alguma forma de vida após a morte poderia ser admitida sem afrontar a ciência estabelecida. Para alcançar essa aceitação torna-se necessário instaurar um processo capaz de desconstruir barreiras intelectuais que considero imaginárias e muitas vezes associadas a verdadeiros dogmatismos pseudocientíficos.
Dentro deste objetivo, acredito, por exemplo, que não exista qualquer possibilidade de que alguma sucessão de diferentes mutações genéticas, todas elas absolutamente aleatórias, possa convergir para a geração simultânea de todos os órgãos (ossos, músculos, vasos sanguíneos, etc.), com a indispensável proporcionalidade de dimensões capaz de propiciar o aparecimento de animais de grande porte como baleias, elefantes e dinossauros. Certamente mutações genéticas totalmente aleatórias, sem qualquer tipo de controle ou direcionamento, gerariam muitas distorções, caso tal crescimento dos órgãos, no processo de evolução, fosse realmente possível.
ResponderExcluirUm novo paradigma científico - 1ª parte
Thomas Kuhn, um físico que se tornou famoso como filósofo, publicou em 1962 o livro “The Structure of Scientific Revolutions”. Após dedicar-se à história da ciência, focando especialmente na física, Kuhn introduziu neste livro a tese de que a ciência, em seus vários campos, evolui ao longo do tempo adotando diferentes paradigmas. A mecânica quântica, por exemplo, seria um dos paradigmas da física. O conjunto de crenças que são aceitas pela respectiva comunidade científica poderia ser usado para caracterizar um paradigma.
Esse autor entendia que alguns campos da ciência convergem para novos paradigmas enquanto outros podem não convergir. Para ele, conceitos de verdade e falsidade são válidos e até mesmo necessários dentro de cada paradigma. Com novos desafios, um novo paradigma surgiria visando a transformação e ampliação do conhecimento em sua área de abrangência. A inclusão de novas teorias, estendendo o domínio científico e sua área de atuação, poderia lançar um novo paradigma.
Introduzido um novo paradigma, a comunidade científica passaria a aceitar um conjunto diferente de crenças para abordar os problemas da área, ampliando sua abrangência. O mapa de conhecimentos do respectivo campo abarcaria novas temáticas, como é o caso da referida mecânica quântica. Para Thomas Kuhn, após o início de uma revolução científica provocada por novo paradigma, ocorreria uma intensificação da produção de ciência normal até o surgimento de fatos novos que lançariam outro paradigma.
Kuhn entendia que a ciência seria subjetiva e que evoluiria aproximando-se da verdade. Para ele, os conhecimentos científicos da área estariam imersos em um determinado paradigma e interpretariam o mundo de acordo as concepções intrínsecas deste modelo. Os paradigmas modificar-se-iam com alterações culturais nos aspectos sociológicos que envolvem as atividades científicas. Para Kuhn, as escolhas que levariam à evolução das ciências seriam subjetivas e a dinâmica deste processo poderia promover alteração nas noções de verdade científica.
ResponderExcluirUm novo paradigma científico - 2ª parte
No contexto deste blog estamos empenhados em demonstrar que as ciências naturais da atualidade estão devidamente preparadas para constatar, com o apoio da lógica filosófica, a indispensável existência de um Ente idealizador e criador do Universo e da vida na Terra. Entendo que entramos num impasse em que as ciências não conseguem mais explicar, dentro do paradigma ateu vigente, o que vem sendo descoberto na natureza cósmica e terrestre. Considero que as estruturas materiais, as transferências energéticas, o funcionamento sistêmico dos órgãos, as interações ecológicas entre os seres vivos, as cadeias de alimentação, os processos de crescimento, a diversificação das espécies, a continuidade da vida e a reprodução são exemplos de desafios que a biologia não consegue elucidar racionalmente dentro das condicionantes do atual paradigma. Conotações sensoriais, estéticas e psicológicas agravam tais desafios e impasses.
Proponho uma ciência não ateia que admita a existência de um verdadeiro autor do Universo e da vida na Terra. Este novo paradigma que não se restringe ao ateísmo, mas envolve também o agnosticismo, retiraria restrições da concepção ateia, incluindo novos problemas e novos caminhos para a solução dos mesmos. Neste novo modelo, seriam evitados os graves problemas psicológicos de cientistas teístas que são forçados a trabalhar apenas em um paradigma completamente ateu. Entendo que as ciências biológicas estão se tornando inaceitavelmente dogmáticas na tentativa de evitar um envolvimento religioso que se mostra totalmente desnecessário.
Nos ambientes universitários, as ciências sofrem um acelerado e danoso processo de fragmentação. Cada cientista sabe cada vez mais de quase nada e cada vez menos de quase tudo. A realidade cultural circundante distancia-se desta ciência minudente. A filosofia pode contribuir para agregar conhecimentos científicos esparsos promovendo uma abordagem holística e sistêmica, bem mais aderente à realidade factual. A filosofia da ciência, uma destacada área de atuação do professor Thomas Kuhn, pode ser de grande valia.
ResponderExcluirPercepções e crenças
Acredito que, dentre todos os seres vivos, apenas os humanos podem ter e podem repassar a percepção intuitiva da existência de um Ente criador do Universo e da vida. Acredito também que os humanos foram criados para apreciar, sob as óticas sensorial e emocional da estética, as obras do Criador.
O principal caminho para chegar a alguma forma de crença na existência de um Criador tem sido a fé religiosa. A comunicação verbal e escrita tem propiciado a formação das religiões. No criadorismo, os caminhos propostos para chegar à indispensável existência do Criador são os conhecimentos científicos e as percepções estéticas, devidamente lastreados na lógica racional dos humanos.
ResponderExcluirVerdades supostamente verdadeiras
Para se perenizarem, muitas religiões ancoram-se em livros sagrados elaborados em um passado distante. Este é o caso do cristianismo e do islamismo. Estes livros asseguram um desejável grau de unidade da respectiva comunidade religiosa.
Com a evolução dos conhecimentos humanos, questionamentos podem gerar pressões para modificações nesses livros sagrados. Muitos religiosos resistem invocando a fé em revelações divinas, contrapondo-se a argumentações lógicas emanadas da ciência.
Também na política ocorrem tais vinculações. Assim autores como Marx, que escreveram mostrando alternativas para situações passadas, continuam sendo invocados como elos de união e de referência entre socialistas modernos.
Advogo que essas vinculações também ocorram em áreas como as ciências biológicas. Autores como Darwin servem de referência para correntes evolucionistas utilizando argumentações que considero incompatíveis como os conhecimentos científicos disponíveis na atualidade.
Assim, processos de seleção natural, descritos no livro mais famoso de Darwin, servem para eliminar seres vivos que apresentem incompatibilidades com o ambiente em que vivem. Tais processos não geram novas características de formas e funcionalidades.
O atual título do referido livro (A origem das espécies), erroneamente, dá a entender que a seleção natural é responsável pela criação de novas espécies. Também, erroneamente, difundiu-se a crença de que esses processos geraram todas as espécies que compõem a chamada “árvore da vida”.
Uma alternativa mais moderna passou a atribuir a mutações genéticas aleatórias a geração das novas espécies. Considero esta alternativa, também, totalmente insuficiente para dar conta da imensa diversidade de seres vivos que habitam ou já habitaram a Terra.
Quando analisamos os humanos, que têm sido os seres vivos mais estudados pela ciência, constatamos a existência de múltiplos sistemas internos de alta complexidade que sustentam a vida. A gestação e o aleitamento, por exemplo, exigem uma coordenação de processos totalmente incompatível com uma geração aleatória.
O acaso, certamente, não pode ser considerado como o pai de toda a vida na Terra, assim como a seleção natural não deve ser qualificada como a mãe de todos os seres vivos. Darwin também não deve ser endeusado como o salvador da ciência ateia. Acredito que a ciência moderna vem, na realidade, conduzindo os humanos para a crença na existência de um Verdadeiro Autor do Universo e da Vida.
Eventos como o surgimento das células, dos genes, da clorofila, das mitocôndrias, das proteínas e enzimas, dos organismos multicelulares, da vida na água e na terra, da reprodução sexual, da polinização, da organização de insetos sociais, da estética das flores e das borboletas, das migrações de aves e baleias, do instinto materno e da mente humana, geram questionamentos que podem comprovar, através de um raciocínio lógico apropriado, o indispensável envolvimento de um Ente suficientemente inteligente na preservação e diversificação da vida.
Sendo totalmente impossível comprovar cientificamente a inexistência de um Ente idealizador e criador da vida diversificada na Terra, creio que uma postura agnóstica para as ciências seja o melhor caminho. Esta opção evitaria um posicionamento preconceituoso e conflitante com as crenças religiosas adotadas pela grande maioria da humanidade.