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Capítulo D - A Natureza e a Vida


As vitaminas do Criador 

 



     O corpo humano precisa de quantidades minúsculas de 13 moléculas orgânicas denominadas vitaminas. Destes nutrientes essenciais para uma vida saudável, apenas dois podem ser produzidos no próprio organismo. A vitamina D é produzida em nossa pele quando a luz solar entra em contato com um precursor do colesterol. A vitamina K, que pode ser obtida ingerindo vegetais verdes, também é produzida pela flora intestinal dos humanos.
   
    As demais vitaminas precisam ser obtidas através da alimentação. Os vegetais nos disponibilizam, especialmente através de suas folhas e frutos a quase totalidade destes nutrientes. Os demais organismos também são fontes das vitaminas, que só podem ser geradas por células vivas. Este contexto cria um ambiente de grande interdependência entre as várias espécies. O que ocorre nos humanos também acontece, com diferenciações, nos demais animais.
   
    Os humanos espalharam-se por todos os quadrantes da Terra e necessitam suprimentos acima de valores mínimos das treze vitaminas, para ter uma vida saudável. Os climas variados geram condições diferenciadas de sobrevivência para as espécies de organismos que podem oferecer tais vitaminas. Gera-se assim um intrincado quebra-cabeça que só pode ser resolvido com muita organização e inteligência. Certamente o acaso das mutações genéticas, mesmo auxiliado pela seleção natural, não teria as mínimas condições de criar tais soluções.
   
    No caso específico da vitamina D, na medida em que os humanos se deslocaram da África equatorial para a Ásia e a Europa, as características da radiação solar modificarem-se. Foi então necessário um clareamento da pele para aproveitar melhor os raios ultravioletas do Sol. Também aqui, entendo que foi necessário um lógico, evidente e indispensável direcionamento externo para que diferentes correntes populacionais, em diferentes locais, se beneficiassem desse mesmo clareamento da pele, que gerou as raças humanas.





31 de janeiro de 2014 Postado por 







11 comentários:


  1. Vale acrescentar que o mundo atual é muitíssimo diferente daquele existente nos primórdios da vida humana na Terra. Os deslocamentos das espécies vegetais eram muito mais lentos, dependendo de vetores como ventos, rios ou animais para carregar as sementes. Mares e oceanos poderiam ser barreiras intransponíveis. Assim, a disponibilidade de cada vitamina dependia da existência local de vegetais específicos para a alimentação humana em cada região.

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  2. Células e genes humanos

    O corpo humano chega a ter concomitantemente cerca de dez trilhões de células. Uma diminuta célula especial, denominada zigoto, abriga todas as informações indispensáveis para gerar este formidável corpo humano. O zigoto sabe gerar os múltiplos tipos dessas células, com diferentes funcionalidades, e corretamente inseri-las nos diversos tecidos que formam cada um dos mais de 50 órgãos espalhados pelo corpo. Tais órgãos interagem entre si formando 14 sistemas no organismo humano.

    Cada célula do corpo humano contém mais de 20 mil genes que sabem criar todas as proteínas indispensáveis para a manutenção e reprodução da vida, utilizando apenas 20 aminoácidos como matéria-prima. Estes genes, que podem chegar a duzentos trilhões, atuam de diferentes formas em cada órgão, gerando moléculas químicas apropriadas para suprir as necessidades biológicas de todos os sistemas que compõem o corpo.

    Os genes presentes no zigoto foram herdados do pai e da mãe. As leis de Mendel, que já existiam na natureza e apenas foram constatadas por Mendel, atribuem ao novo ser humano gerado características que asseguram sua individualidade. Sua futura impressão digital será inconfundível. Seus genes vão formar proteínas diferentes daquelas que existiram em seus pais. As múltiplas formas de atuação dos genes promovem tais diversidades.

    Cada uma das células do corpo humano precisa continuamente receber, ao longo de toda a vida, nutrientes e oxigênio em quantidades suficientes. Um sistema circulatório, de altíssima complexidade, teve de ser instalado para suprir estas necessidades, com o indispensável apoio de sistemas respiratório e digestivo. Os sistemas visual, olfativo e gustativo também devem ser considerados imprescindíveis. Os resíduos do funcionamento de cada célula devem ser continuamente removidos através dos sistemas circulatório e linfático e eliminados pelo sistema urinário.

    O surgimento das células e dos genes na Terra, suas evoluções na Natureza e suas complexas formas e funcionalidades bem constatadas pelas ciências nos humanos são elementos que atestam de forma absolutamente lógica, evidente e insofismável a existência e a imprescindível atuação inteligente de um Ente criador do Universo e da vida.

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  3. Ousadias

    Ouso especular que a geração de qualquer nova espécie de ser vivo eucarionte pluricelular como decorrência apenas de mutações genéticas e de processos de seleção natural é pura especulação, sem comprovação científica. Os mecanismos de alimentação, reprodução e imunológicos existentes nesses seres não podem ser atribuídos exclusivamente ao acaso, sem quaisquer interveniências de processos inteligentes de criação.

    Essa ousadia se fortalece para casos como o surgimento do primeiro animal voador, da primeira ave com penas, do primeiro animal terrestre, do primeiro ovíparo, do primeiro animal marinho, da primeira árvore frutífera, do primeiro animal gerado por acasalamento e, especialmente, do primeiro ser humano.

    Ouso afirmar que espécies de diferentes ordens, classes, filos e especialmente de diferentes reinos de seres vivos não foram geradas, no processo de evolução, simplesmente pelo acaso das mutações genéticas. A seleção natural pode atuar apenas como coadjuvante na correção de anomalias decorrentes de mutações prejudiciais.

    Os trabalhos científicos sobre as origens de seres vivos como os dinossauros estão eivadas de especulações bem mais ousadas do que as aqui apresentadas. Os códigos genéticos que geraram esses animais colossais e altamente complexos não podem ter sido criados apenas pelo acaso.

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  4. Interdependências transdisciplinares e sistêmicas

    Em cada ser humano coexistem trilhões de células de vários tipos e funções, dispersas pelo organismo. Cada uma delas necessita receber suprimentos apropriados de oxigênio e de diversos nutrientes para manter-se viva e devolver suas atividades biológicas. A vida está presente em cada uma delas para que suas dezenas de milhares de genes possam expressar-se gerando proteínas que atuam em todo o corpo.

    As artérias servem de vias para o transporte do oxigênio proveniente dos alvéolos pulmonares. As hemácias do sangue, geradas na medula óssea a uma velocidade superior a dois milhões por segundo, levam o oxigênio a todas as células. Contendo ferro, as hemácias conseguem retirar o oxigênio do ar dos pulmões e entregá-lo em todas as partes do organismo. A circulação sanguínea decorre das atividades inatas das bombas do coração acionadas por impulsos elétricos ritmados.

    A entrada do ar que chega aos pulmões ocorre, através do nariz e da boca, graças à sucção gerada por movimentos voluntários ou involuntários do músculo diafragma. O olfato permite identificar muitos tipos de contaminação do ar, permitindo evitar sua inspiração. O envolvimento de órgãos sensoriais e do cérebro nesses processos físicos voluntários agrega mais complexidade ao sistema.

    O encadeamento de ações físicas, na inspiração do ar atmosférico e na circulação do sangue, é complementado por atividades bioquímicas de absorção do oxigênio e sua entrega a cada uma das células. Considero absolutamente lógico, evidente e indiscutível que tal encadeamento transdisciplinar com tamanha complexidade, que se mantém durante o sono, não pode ter sido criado por obra do acaso, apoiado apenas em processos de seleção natural.

    Todo esse incrível sistema, com toda a sua formidável dinâmica que se mantém durante várias dezenas de anos, foi gerado necessária e exclusivamente pelas informações químicas existentes no zigoto, que deu origem ao ser humano. Considero que, agregando mais esta constatação, a conclusão da indispensável interveniência de um Ente criador do Universo, da vida e dos humanos torna-se inapelavelmente lógica e totalmente evidente.

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  5. O encadeamento sistêmico do Criador

    Moléculas químicas muito especiais e complexas, como os aminoácidos e o DNA, associam-se a fenômenos físicos e ao sopro da vida para formar entes biológicos como genes e células. Tais entes biológicos aglutinam-se, mediante a mesma chama da vida, para formar diferentes tecidos como a polpa e a casca do tomate ou o fígado dos animais.

    Os tecidos, também mediante o sopro da vida, formam órgãos altamente funcionais, capazes de produzir substâncias incríveis, como hormônios e vitaminas. Os órgãos, igualmente dotados da chama da vida, formam sistemas altamente complexos que permitem interações com o ambiente para manutenção e reprodução da vida dos seres vivos.

    Os seres vivos conseguem diversificar-se em múltiplas espécies, com características bastante diferenciadas e adaptadas a diferentes ambientes terrestres, subterrâneos, aquáticos e aéreos. Diferentes espécies de seres vivos formam cadeias ecológicas de cooperação que permitem a perpetuação da vida na Terra.

    A constatação científica da existência de todo este encadeamento de componentes, sistemicamente organizado, torna indispensável a existência de um Ente suficientemente inteligente para sua idealização e criação.

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  6. Princípio da não contradição

    Claude Lévi-Strauss, falecido em 2009, foi considerado fundador da antropologia estruturalista e um dos grandes intelectuais do século XX, tendo recebido titulações de Doutor Honorário em 16 universidades, incluindo Harvard, Chicago, Yale e Oxford. O princípio filosófico da não contradição foi assumido como fundamental no projeto estruturalista de Lévi-Strauss.

    Esse princípio, formulado inicialmente por Aristóteles e universalmente aceito, estabelece que afirmações contraditórias não podem ser verdadeiras, no mesmo sentido e ao mesmo tempo. Assim, uma determinada proposição não pode ser considerada verdadeira e falsa ao mesmo tempo, afastando a possibilidade da existência de uma verdade relativa. Lévi-Strauss situou, em 1989, a não contradição como propriedade essencial do ser.

    Nas ciências naturais persistem muitas dúvidas sobre etapas cruciais da história do Universo. Posso citar vários eventos associados a estes enigmáticos períodos: 1) a criação do espaço e do tempo; 2) o aparecimento do universo com suas matérias, substâncias químicas e energias; 3) o surgimento das leis da física e da química com suas matemáticas perfeitas e precisas; 4) a criação de estrelas, galáxias e buracos negros; 5) aparecimento da vida com reprodução na Terra; 6) a incorporação do DNA e dos genes nos seres vivos; 7) o surgimento das leis da biologia; 8) a diferenciação sexual com a adoção de práticas reprodutivas envolvendo dois seres vivos; 9) o surgimento das aves dotadas de asas e penas; 10) o aparecimento de sistemas internos complexos nos seres vivos; 11) o surgimento de sistemas ecológicos envolvendo múltiplas espécies de seres vivos; 12) o aparecimento do cérebro e da mente humana dotada de consciência.

    Considerando que não existem provas da inexistência de um Ente criador que pode ser responsável por cada uma dessas doze etapas cientificamente nebulosas, invoco o princípio da não contradição, perfeitamente atual e tão bem respaldado, para que as ciências da natureza e os respectivos cientistas passem necessariamente a aceitar a alternativa da efetiva existência de um Criador. A unicidade deste Ente decorre logicamente das interações sistêmicas largamente observadas pela ciência em toda a história pregressa dos seres vivos que habitam ou já habitaram a Terra, envolvendo os materiais e as energias disponibilizadas em nossa tão bem organizada casa espacial.

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  7. O Criador do ser humano

    O escritor Daniel Godri reuniu e divulgou as seguintes informações sobre o organismo humano e seu funcionamento. “O espermatozoide que gerou você “concorreu” com 360 milhões de outros, chegando em primeiro lugar ao óvulo. Cada um de nós foi uma simples célula, mas hoje temos 60 trilhões delas, mais do que as estrelas do céu. Nosso corpo tem 200 ossos, 560 músculos, mais de 8 quilômetros de fibras nervosas, 4 milhões de estruturas sensíveis ao tato; nosso sangue percorre 270.000 km/dia, percorrendo mais de 70 mil veias, artérias e vasos capilares, para que a vida aconteça. Os nossos pulmões mandam 23.160.000 litros de sangue para o corpo durante o ano. O coração em um único dia bate mais de 103.000 vezes, cerca de 36 milhões de batidas por ano. Nossos olhos possuem mais de 100 milhões de receptores que nos dão a possibilidade de discernir as cores, o dia da noite, e contemplar as belezas da natureza. Nossa pele se renova sem cessar a cada micro de segundo, sem alterar a sua forma. Nossos ouvidos possuem 24 mil fibras que vibram a cada som, cada palavra. Nosso cérebro tem mais de 10.000 km de fios e cabos; 13 bilhões de células nervosas e pode e pode processar até 30 bilhões de “bits” por segundo (um computador inimaginável). Nosso sistema nervoso contém cerca de 28 bilhões de neurônios, sendo cada um minúsculo computador auto-suficiente capaz de processar 1 megabit (1 milhão de bits). “ O palestrante conterrâneo concluiu perguntando e respondendo: “Será que o acaso poderia fabricar tudo isto? É lógico que não. Então Deus existe.”

    Considero que cada uma dessas informações, devidamente analisada, seria suficiente para comprovar a indispensável existência de uma inteligência geradora desses fenômenos, quando forem cientificamente constatados. A intervenção essencial de um Ente criador dos seres vivos torna-se mais evidente quando observamos a total interdependência entre tais fenômenos formando sistemas dinâmicos e harmônicos de imensa complexidade. Quando consideramos que todos os fenômenos mencionados ocorrem de forma inata, somos forçados a concluir que todo o planejamento da estrutura e toda a programação do funcionamento autônomo do corpo humano, do nascimento até a morte, estão necessariamente inseridos no zigoto originário de cada ser humano. Entendo que esta conclusão comprova de forma insofismável a total impossibilidade de utilização do acaso e da milagrosa seleção natural como alternativas para a existência do Ente criador do Universo e da vida diversificada na Terra.

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  8. Vida Humana

    Acredito que as ciências naturais já reuniram evidências plenamente suficientes para comprovar a indispensável existência de um Ente, suficientemente inteligente, que implantou todas as condições necessárias e conseguiu gerar e manter toda a vida amplamente diversificada que já habitou e atualmente habita a Terra.

    Entendo que, utilizando o processo de evolução constatado pelos cientistas, o Criador do Universo e da vida gerou toda uma cadeia alimentar ecológica que se inicia no Sol, sendo na Terra constituída por vegetais e animais, incluindo presas e predadores. Os instintos e os sistemas orgânicos dos animais, juntamente com os saberes inatos dos vegetais, conseguem manter, com altíssima eficácia, a vida na Terra. No topo dessa cadeia estão atualmente mamíferos de grande porte.

    Os humanos possuem características cognitivas que permitiram, utilizando conhecimentos apropriados, sobrepujar todos os grandes predadores e alcançar uma posição dominante no cenário terrestre. Cabe aventar possíveis hipóteses sobre as características discricionárias com que os humanos foram dotados pelo Criador.

    Tenho a ousadia de considerar a hipótese de que o Criador, após implantar intencionalmente os sistemas organizacionais de manutenção da vida com toda a sua imensa diversidade estética e funcional, desejou criar um ser vivente capaz de vislumbrar todo o conjunto de sua obra. Para isto atribuiu, aos humanos, consciência, inteligência e livre arbítrio. As ciências naturais e as suas consequentes tecnologias seriam resultados concretos dessa atribuição discricionária de competências que vêm permitindo um domínio quase completo das múltiplas formas de vida na Terra.

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  9. O Criador, a vida, os conhecimentos inatos e a mente humana

    Assim como o Criador do Universo, também Sua obra prima, a vida, pode ser considerada um Ente indescritível e insondável. Desde sua criação a vida tem demonstrado que sabe muito bem utilizar a física, a química e a matemática. Desta forma, a vida conseguiu espalhar-se e diversificar-se. Esta foi a forma que o Criador encontrou para perenizar a vida na Terra.

    A vida utiliza mecanismos altamente complexos para assegurar sua perenidade. Toda a genética, que tanto maravilha os humanos do século 21, foi meticulosamente concebida e implantada, abarcando todos os seres vivos. Os genes detêm todas as informações para desenvolver células, tecidos, órgãos, sistemas orgânicos e interações entre todos estes componentes, ao longo de toda a existência de cada ser vivo. Sabem também gerar processos altamente eficientes de manutenção da vida e de reprodução de cada uma das espécies.

    A vida também desenvolveu sistemas de sustentação da vida envolvendo múltiplas espécies de seres vivos. Em algumas espécies, a vida criou mecanismos de interação entre indivíduos diferentes, como é o caso de formigas, abelhas e cupins. Graças às múltiplas formas de expressão da vida na natureza terrestre, os humanos vêm conseguindo desvendar os segredos das ciências biológicas. Muitos prêmios Nobel já foram concedidos para premiar essas constatações.

    Para que a vida tenha conseguido sustentar-se na Terra, o Criador do Universo precisou idealizar e montar um berçário apropriado em nosso planeta. O suprimento perene da energia do Sol permitiu assegurar uma temperatura propícia. A presença da água em sua forma líquida foi essencial. A disponibilidade de múltiplos elementos químicos em formas adequadas, como o oxigênio gasoso, foi imprescindível. A fotossíntese também foi essencial.

    Tanto os vegetais como os demais organismos só conseguiram manter a vida na Terra graças à concepção e implantação, pelo Seu Criador, de mecanismos inatos e automáticos de nutrição, crescimento e reprodução, dotados de altíssima eficácia. Cada planta detém muitos conhecimentos. Sabe muito bem, por exemplo, produzir sementes com alta capacidade germinativa nos ambientes em que estão inseridas.

    Os animais possuem múltiplos instintos que asseguram a continuidade da vida e a realização dos processos de reprodução, indispensáveis para a preservação das respectivas espécies. Muitos desses instintos também são compartilhados pelos humanos. Através de variados mecanismos de seleção natural, o Criador vem conseguindo evitar a deterioração da vida na Terra. A alta seletividade dos espermatozoides e dos óvulos nos humanos é um bom exemplo da eficácia desses mecanismos.

    Considero a mente humana também um ente incorpóreo concebido e gerado pelo Criador da vida. A existência dos sentidos, como sensores especializados espalhados pelo corpo e conectados com o cérebro, é uma forma de expressão desse ente. A consciência, os sentimentos e as emoções são outras formas de constatação da sua existência.

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  10. O garoto de Turkana - parte I

    Um dos fósseis mais completos de hominídeos já achados até hoje foi o de um adolescente, descoberto em 1984 perto do lago Turkana no Quênia. Continha 108 ossos e pertencia a um garoto de um ramo de ancestrais dos humanos, denominado Homo erectus, com cerca de 1,60 metros de altura e idade por volta de dez anos. Pela datação aplicável, deve ter vivido entre 1,5 e 1,6 milhões de anos atrás.

    Pelos estudos científicos realizados com esse fóssil, foi possível concluir que o garoto de Turkana estava bem adaptado para corridas de longa distância. Deve ter sido dotado de músculos, ossos e articulações bem apropriados para esta atividade física. De outro lado, a ciência atual comprova que na época em que viveu esse adolescente ocorreu uma grande seca na África com o consequente surgimento das savanas, assemelhadas ao cerrado brasileiro, na região em que ele viveu.

    Ainda segundo os dados aceitos pela comunidade científica, o Homo erectus deve ter surgido há cerca de 1,9 milhões de anos atrás. Entre os hominídeos estão, além do gênero Homo, também símios como gorilas e chimpanzés. O antepassado comum entre os hominídeos deve ter sido um quadrúpede bem adaptado a subir nas árvores. Esta habilidade permitia fugir das ameaças dos predadores e conseguir alimentos nas florestas.

    Na savana, sem a proteção da floresta, os membros do gênero Homo, como o garoto de Turkana, precisaram melhorar suas habilidades de bípedes. Os estudos realizados com base no mencionado fóssil mostraram que isto de fato ocorreu e os ancestrais dos humanos puderam correr o suficiente para caçar, fugir e sobreviver.

    O problema que se coloca é como isto tudo ocorreu. A teoria simplista de que a pressão do ambiente foi suficiente para que músculos, ossos e articulações se modificassem de forma correta, em decorrência de erráticas mutações genéticas aleatórias, ajudadas apenas por correções de seleção natural, me parece logicamente inaceitável. Deve ser salientado que tais alterações no corpo precisam ser devidamente incorporadas aos genes das células germinativas dos dois sexos, junto com os respectivos mecanismos de crescimento e funcionamento, para que possam ser efetivamente repassadas aos seus descendentes.

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  11. O garoto de Turkana - parte II

    O guepardo é considerado o animal mais veloz. No entanto, várias presas conseguem fugir deste animal porque sua temperatura corporal sobe muito com o esforço físico e ele não consegue correr por muito tempo. Os estudos do garoto de Turkana mostraram que ele era também dotado de sistemas apropriados para evitar que sua temperatura subisse muito durante a corrida. Como os humanos atuais, o referido adolescente já devia possuir alguns milhões de glândulas sudoríparas que produzem suor e que servem para regular a temperatura do corpo nas corridas.

    O surgimento dessas glândulas e sua vinculação com o sistema sanguíneo também desafiam a teoria simplista da atuação do acaso para criar funcionalidades exigidas por restrições externas. O controle das glândulas sudoríparas pelo hipotálamo e o seu abastecimento com plasma sanguíneo tornam essas teorias logicamente inaceitáveis. A melanina da pele negra também foi importante fator na sobrevivência de ancestrais dos humanos no sol da África e cujo surgimento, pela minha lógica, igualmente não pode ser simplesmente creditado ao acaso de mutações genéticas.

    O crescimento do cérebro e do crânio protetor ao longo do tempo ainda permanece um grande mistério a desvendar. Os mamíferos já precisavam de um cérebro capaz de controlar, por exemplo, sua temperatura corporal. Observa-se que o tamanho do cérebro dos primatas, que inclui os hominídeos, é quase o dobro daquele dos demais mamíferos de semelhante tamanho corporal. A maior parte do crescimento do cérebro ocorreu nos últimos dois milhões de anos. Do Homo erectus inicial até o homo sapiens, o cérebro quase dobrou de volume.

    Associando o raciocínio lógico à teoria científica da evolução considero indispensável, pelo menos, admitir a existência de um Ente suficientemente inteligente capaz de promover dinamicamente, ao longo do tempo, modificações necessárias no organismo dos integrantes do gênero Homo para assegurar sua sobrevivência na savana africana. Este gênero, que inclui o Homo sapiens, deve ter surgido há cerca de três milhões de anos atrás.

    Diferentemente do que ocorre com o acaso, que nada sabe, acredito que a atuação do Ente que denomino “Verdadeiro Autor do Universo e da Vida” seja sempre decorrente, essencialmente, de uma intencionalidade devidamente vinculada a propósitos muito bem estabelecidos. A organicidade e a harmonia sistêmicas, largamente observadas numa natureza terrestre extraordinariamente diversificada, podem servir para comprovar este direcionamento extremamente inteligente e bem objetivado.

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